A proximidade de Cancun com Chichén Itzá (a pronúncia é “Tchi-tchê-nitza”) faz muita gente trocar um dia de mar azul turquesa e piña colada na mão para respirar história – e das boas.
Chichén Itzá é uma cidade maia em ruínas que serviu de centro político, econômico e religioso daquela civilização por volta dos anos 500 d.C. As construções por si só já impressionam pelo tamanho, mas o mais intrigante é a genialidade com que elas foram projetadas.
As 16 construções que formam o sítio arqueológico revelam o profundo domínio que os maias tinham em diversas áreas do conhecimento, como matemática, geometria, astrologia, arquitetura e engenharia.
O maior exemplo disso é a Pirâmide de Kukulcán, que representa um calendário tridimensional. Ela tem 91 degraus em cada uma de suas escadarias que, somados ao altar no topo, chegam a 365. A pirâmide é inclinada em exatos 45° e tem os quatros lados voltados para os pontos cardeais (Norte, Sul, Leste e Oeste).
O mais incrível ainda é que nos equinócios do ano (os dias que marcam o início da primavera e do outono) a sombra criada pelo sol projeta a imagem de uma serpente gigante em uma de suas fachadas. Na base da pirâmide existe uma cabeça de cobra feita de pedra que, quando se junta ao corpo, dá a impressão de que a serpente está descendo pirâmide abaixo. Doido ou não?! Como para os maias a serpente é um símbolo sagrado, supõe-se que a ideia era passar a sensação de que Deus estava descendo do céu. E, só pra fechar esse conjunto de mistérios, bater palmas na frente de uma escadaria específica da pirâmide cria um fenômeno de acústica interessante. O som parece subir as escadas e lá de cima ressoa como o canto de um pássaro da região.
Muita tecnologia pra uma época tão remota, né? Como já deu pra perceber os maias intrigaram muita gente e continuam a mover pesquisadores em busca de mais explicações.
Algumas dicas pra quem fizer essa viagem no tempo:
Como chegar lá? Alugando um carro ou com um ônibus de excursão. A vantagem do busão é voltar descansando depois de horinhas de sol e caminhada.
Como eu sempre digo, turismo com informação é outra coisa. Se você não estiver em uma excursão que tenha um guia de turismo pra chamar de seu, alugue um audio-guide pra te passar as explicações do lugar. Certamente vai ter com gravações em português!
O sol pode criar efeitos extraordinários na Pirâmide de Kukulcán, mas com certeza não vai fazer boas coisas em você. Chapéu, protetor solar e água na mochila vão tornar o passeio mais agradável.
É bom levar dinheiro em espécie pras tradicionais comprinhas (em peso ou dólar), mas também é bom não dar muito papo pros vendedores. Eles são muuuitos e podem ser um tanto quanto chatos pra conseguirem te vender alguma coisa. Pechinchar rola.
Muito boim !